quarta-feira

Controle

Controle

Olho de lado, para o vidro quebrado, assustado
Fumaça no ar, embaça
Maldição, onde é que está?
Tentação maior não há.
É, aceitar a condição
Não me dá razão para não me sentir
Acabado.
Com o controle na mão,
Que controla as pessoas
Controla a vida
Controla o mundo
Controla tudo:
Não controla nada.
Do nada, para tudo
Paro tudo, para nada.
Risível benfeitoria estúpida
De lucidez translúcida
Mesquinhez abrupta
Da sua vontade corrupta
Saudade, invade a cidade
Quebra os postes, sobe morros
Se não mato, morro.
Nunca mais vi
Nunca mais vivi
Me iludi
Olho novamente, bruscamente
Aproxima-se, lentamente
Minha serpente.


Diego Leocádio

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