terça-feira

Chuva - 2 de março de 2011


Chuva

Assim que parti, choveu.
Choveu como a chuva que varre minha alma por partir.
Calma e serena chuva que me traz saudade.
Como em meu coração, o dia claro e feliz, após a partida,
Torna-se um crepúsculo escuro, saudoso...
Sei que a intenção dessa nobre chuva que paira sobre mim
É, na realidade, dar alento e conselhos sibilosos.
Em debalde,
as gotas miraculosas me trazem as lembranças
dos bons momentos que passei ali.
Aqueles momentos que nunca voltam, mas também nunca se esquece.
Mesmo que o tempo passe, que as pessoas mudem e que o mundo acabe,
Os singelos sentimentos daquele dia continuarão os mesmos.
Inclusive a pífia chuva, que me traz à cabeça você, o tempo, a saudade.
Toda vez que minha nobre conselheira vier, tentando acalmar
Debalde, chuva!
Não há como apagar o inapagável, não há como esquecer o inesquecível.
E, com aquele silêncio ruidoso que paira sobre mim, ela me conta sobre aquele dia.
De novo e de novo.
Eterno círculo vicioso.
Eterna lembrança maravilhosa do dia em que tive de vir embora.
Eterno amor inquieto e poderoso, que nunca sairá do coração.
Como a saudade, que chove em forma líquida.

Diego Leocádio

2 comentários:

  1. O que o amor não faz né, oia só tamanho poema e quão bonito fico. ^^

    Pena que a pessoa amada tá tão longe...
    Mas será essa, a tal que toco realmente esse coração galinha!?

    xD

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  2. Por tao distintas vezes antes ja vagei meus olhos por este poema!!! e nao intanto ele nao perdeu o encanto a beleza...
    você sempre soube como dizer de uma forma linda tudo aquilo que sentia neh! nunca perca o brilho das tuas palavras pois elas emocionam!!

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